Iniciativa transformadora
Com palestras de ex-viciados, hip hop, grafite e atrações para crianças, o grupo Poetas Divilas e os integrantes do projeto Crianças e Adolescentes no Esporte (CAE) promoveram a 1ª Parada contra o Crack, sábado, na quadra da escola de samba Acadêmicos 15 de Novembro. O público de 100 pessoas teve a oportunidade de discutir e saber mais sobre um problema da cidade.
– Esse problema é nosso também. Todo mundo diz que a pessoa que entra para o crack já era. Será mesmo? – questiona Jankiel Francisco Cláudio, o Chiquinho, um dos organizadores.
O momento mais impactante do encontro, que contou com a participação de Médicos do Sorriso, grafiteiros, malabarista e serviço de uma cabeleireira, foi a exibição do documentário Zumbi da Pedra, gravado pelos integrantes do Poetas Divilas. Em sessão reduzida de pré-lançamento, o filme mostra viciados de diferentes comunidades falando sobre o estrago que o crack causa a eles e à sociedade. Entre uma tragada e outra do cachimbo, relatam a destruição na própria vida.
– Queremos mostrar o lado negativo da droga e disseminar isso na sociedade, nas escolas – afirma Chiquinho.
Três adolescentes que participaram da parada gostaram da iniciativa. Com idades entre 14 e 15 anos, eles têm pais ou tios viciados ou ex-viciados e convivem de perto com a situação. Sabem como é difícil se livrar do vício e apostam na educação como saída.
– A gente não vai usar drogas porque quer ser alguém na vida – disseram, em coro.
À medida em que reconhecem o problema na comunidade, também conhecem um caminho diferente.
– O estudo é a cura. Temos que ocupar a gurizada com esporte e grafite – completa o organizador.
Ele espera que o projeto seja disseminado em outros bairros e tenha novas edições no Euzébio Beltrão de Queiróz.
Foto publicada no Jornal Pioneiro - Maicon Damasceno
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